CPMI do INSS aprova plano de trabalho com previsão de ouvir ex-ministros da Previdência

CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) aprovou o plano de trabalho que vai investigar o esquema de descontos não autorizados em aposentadorias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) nesta terça-feira (26).

Dividido em seis eixos, deputados e senadores vão analisar o impacto nas vítimas e falhas no mecanismo de controle. Entre destaques, há previsão de ouvir ex-ministros da Previdência.

Conforme noticiou o R7, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), afirmou que a comissão vai analisar a atuação dos governos desde 2015.

“O Plano de Trabalho que propomos prevê, desde o início, a oitiva de ministros da Previdência e de presidentes do INSS dos governos Lula 3, Bolsonaro, Temer e Dilma 2, bem como com a oitiva do advogado Eli Coen, e de outros agentes públicos ou privados que interessem às investigações”, diz trecho do cronograma aprovado.

Os eixos

1. Mapeamento do esquema fraudulento

  • Comissão vai detalhar o funcionamento da organização criminosa;
  • Fraudes envolvem falsificação de assinaturas, criação de associações de fachada, manipulação de documentos e acesso irregular a sistemas do INSS e da Dataprev;
  • Também serão analisadas possíveis fraudes em empréstimos consignados e crimes como lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa.

2. Identificação e responsabilização dos envolvidos

  • Apuração do papel de servidores do INSS, Dataprev, Ministério da Previdência, além de empresários e políticos;
  • Convocação de agentes públicos e intermediários;
  • Individualização das condutas e enquadramento em crimes como fraude eletrônica contra idosos, corrupção e lavagem de dinheiro.

3. Impacto nas vítimas e no erário

  • Levantamento do número de idosos e pensionistas afetados;
  • Avaliação de desigualdades regionais;
  • Quantificação dos danos individuais e coletivos, com propostas de reparação financeira.

4. O caminho do dinheiro

  • Desvios somam cerca de R$ 6,3 bilhões, segundo a CGU;
  • Comissão vai rastrear recursos desviados e identificar beneficiários;
  • Avanços tecnológicos de investigação serão usados para recuperação de ativos.

5. Falhas institucionais e mecanismos de controle

  • Análise de fragilidades no INSS e nos sistemas de fiscalização;
  • Comparação com escândalos anteriores, como o caso Jorgina de Freitas;
  • Verificação de por que denúncias de descontos indevidos foram ignoradas ao longo dos anos.

6. Medidas preventivas e legislativas

  • Avaliação de propostas em tramitação no Congresso;
  • Sugestão de novas medidas para fortalecer a transparência e a proteção dos mais vulneráveis;
  • Recomendações para restaurar a confiança nas instituições.

Matéria chega ao STF

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça será o responsável na Corte pela investigação sobre fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) após o caso sair da alçada do ministro Dias Toffoli.

Na semana passada, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu que o caso saísse das mãos Toffoli e tivesse uma redistribuição.

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