Israel bombardeou alvos estratégicos em Teerã nesta segunda-feira (23), em retaliação ao ataque com mísseis e drones lançado recentemente pelo Irã contra seu território.

Segundo o Ministério da Defesa israelense, entre os locais atingidos estão a prisão de Evin, conhecida por abrigar presos políticos, e a sede da segurança da Guarda Revolucionária.

“O ditador iraniano será punido com toda a força por atacar a frente de batalha israelense”, declarou o ministério em nota oficial.

Ainda de acordo com a mídia estatal iraniana, o complexo de enriquecimento de urânio em Fordow, uma das instalações nucleares bombardeadas pelos Estados Unidos no fim de semana, também foi novamente alvo nesta segunda.

Participação dos Estados Unidos intensificou conflito

A escalada do confronto ganhou uma nova dimensão com a entrada dos Estados Unidos, que bombardearam três instalações nucleares iranianas no sábado (21).

A ofensiva, mantida em sigilo até a execução, foi justificada por Washington com base na suspeita de que o Irã estaria desenvolvendo armas nucleares, algo que o governo iraniano nega.

Durante reunião do Conselho de Segurança da ONU no domingo (22), o Irã alertou que uma resposta militar aos EUA será “decidida” pelas suas forças armadas.

Em contrapartida, a embaixadora americana Dorothy Shea afirmou que qualquer ataque iraniano, direto ou indireto, “será combatido com retaliações devastadoras”.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo urgente para que a diplomacia prevaleça.

“Devemos evitar um ciclo de destruição incontrolável”, afirmou, destacando a necessidade de proteger civis em meio à crescente instabilidade na região.

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