Um menino de 11 anos morreu de hantavirose em Urubici, na Serra catarinense, informou a Secretaria de Saúde nesta terça-feira 20. A criança foi mordida por um rato silvestre, conforme o secretário Diogo Blumer.

A morte ocorreu no dia 7 de setembro, mas o resultado do exame saiu na noite da última sexta-feira 16. De acordo com o secretário, a criança morava em uma área rural do município.

Segundo a Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), a hantavirose é um doença infecciosa e grave causada pelo hantavírus, presente em roedores silvestres. Ela se manifesta com uma síndrome cardiopulmonar, podendo levar à morte em 72 horas. Santa Catarina tem casos da doença desde 1999.

A Vigilância Epidemiológica de Urubici ainda monitora 18 casos suspeitos da doença. É preciso aguarda o resultado dos exames no Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen), em Florianópolis.

Segundo Blumer, há um aumento de número de ratos silvestres na região da Serra catarinense . “Urubici está tomando todas as providências, com informações e controle de casos. Estamos em alerta em Urubici”, disse.

Transmissão

Os roedores silvestres eliminam o vírus na urina fresca, nas fezes e na saliva. A transmissão mais comum ocorre quando as pessoas inalam minúsculos aerossóis, formados a partir da urina, fezes e saliva dos roedores silvestres que se misturam na poeira.

Também é possível contrair da doença pela mordida desses animais, com ocorreu com o menino de Urubici, mas é menos comum, conforme a Dive. A hantavirose é mais comum no meio rural.

Sintomas

Ainda de acordo com a Dive, os sintomas são febre, diarreia, náusea e vômito, dor de cabeça, dor no corpo, dor abdominal e tosse seca. Os sintomas podem evoluir para falta de ar intensa, cansaço, pressão baixa e sonolência. Nestes casos, o risco de morrer pela doença é alto.

A Dive orienta que, sentido algum sintoma, procure imediatamente o médico. Os sintomas podem aparecer em até 60 dias depois que a pessoas entrou em contato com alguma situação de risco.