Vendedor assassinado em Blumenau: autor segue detido e imagens podem ajudar a definir rumo das investigações

O homem preso em flagrante por esfaquear e matar um jovem de 29 anos em situação de rua que vendia paçoca em Blumenau, no Vale do Itajaí, seguirá detido preventivamente. A decisão é do Tribunal de Justiça (TJ) e foi confirmada em audiência de custódia no sábado (4), um dia após o crime.

Segundo a Polícia Civil, o caso aconteceu após a vítima ter oferecido o doce à filha pequena do autor o crime. A Polícia Militar, que também atendeu a ocorrência, disse em relatório que a testemunhas afirmaram que a vítima teria ameaçado o investigado e a criança.

A informação, no entanto, não foi confirmada pela delegacia responsável pelo caso. Segundo o advogado do preso, o homem morto teria colocado o doce “na boca da criança”. Em seguida, o suspeito teria afastado o homem em situação de rua da filha e iniciado a discussão (leia abaixo).

Já a defesa da vítima disse em nota que “Acreditamos na polícia e no Poder judiciário para que este caso seja resolvido o mais rápido possível”.

O homicídio aconteceu na sexta-feira (3), por volta das 18h, na Rua Antônio da Veiga, no bairro Victor, em Blumenau, em frente a um supermercado da cidade. Segundo a Polícia Militar (PM), o crime aconteceu após a vítima oferecer uma paçoca à filha do suspeito. O pai, então, entrou no estabelecimento e, após sair do local, discutiu com o vendedor. Ele pegou uma faca e golpeou a vítima, que levou cinco facadas.

O delegado Rafael Lorencetti, responsável pela investigação, afirmou a informação inicial é de que a discussão tenha iniciado por conta do homem morto ter oferecido a paçoca à filha do autor do crime. Porém, até o momento, não é possível afirmar que a vítima também teria ameaçado a filha do autor, já que nenhuma testemunha teria visto o fato. O homem foi preso por homicídio, com qualificadora de motivo torpe. A prisão em flagrante foi convertida e preventiva no sábado (4). A defesa disse que vai recorrer da decisão judicial de mantê-lo preso.

O delegado Bruno Fernando, da Divisão de Investigação Criminal de Blumenau, disse que a Polícia Civil investiga o histórico policial dos dois homens.

“A vítima tinha alguns boletins de ocorrência registrados, mas a maioria era de perda de documento, o que é bem comum com moradores de rua, que fazem esses boletins de ocorrência de perda de documento. Mas ainda estamos aprofundando, inclusive verificando os antecedentes do autor também, que teria alguma ocorrência no estado de Minas Gerais, mas sem qualquer informação que possa ser passada neste momento”

A advogada Maria Cecília, que representa a família da vítima, enviou nota sobre o caso.

“A família quer que a justiça seja feita. A vítima não era apenas um vendedor de paçocas que morava na rua. Giovane era filho, irmão, tio, sobrinho, muito amado pela família. Geovane era amoroso com as crianças e não era agressivo. Apesar de estar em situação de rua, ele frequentava a casa da família semanalmente. Não se pode admitir que um crime bárbaro como esse, disseminado pelo ódio às minorias seja aceito pela população. Acreditamos na polícia e no Poder judiciário para que este caso seja resolvido o mais rápido possível”.

O advogado Rodolfo Warmeling, que representa o autor das facadas, disse que a vítima teria colocado o doce “na boca da criança”. Em seguida, o suspeito afastou o morador de rua da criança e iniciou a discussão. A defesa do suspeito alegou, ainda, que a vítima teria chutado o carrinho de bebê e ameaçado a família. “A discussão evoluiu e entraram em luta corporal”. O advogado do preso afirmou que a vítima estava com a faca, e que teria sido desarmado pelo autor do homicídio e que o homem teria levado um golpe na mão. A Polícia Civil, no entanto, afirmou que não foi possível apontar, no primeiro momento, se o autor do homicídio comprou a arma no mercado. A investigação segue.

Segundo Lorencetti, após o suspeito ser levado em flagrante, ele “ficou em silêncio durante o interrogatório”. O delegado responsável pelo caso informou que solicitou imagens de câmeras de monitoramento para verificar como foi a dinâmica do crime.

Fonte: G1

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